Musculação e Estrias: O que é, como prevenir e tratar
As estrias são marcas que surgem na pele devido à ruptura das fibras de colágeno e elastina, responsáveis por sua elasticidade. Elas aparecem principalmente em áreas onde ocorre um estiramento excessivo da pele, como coxas, abdômen, glúteos e braços. A musculação, especialmente em indivíduos que ganham massa muscular rapidamente, pode ser uma das causas do aparecimento de estrias, mas há formas de prevenir e tratar essa condição.
Estrias são cicatrizes formadas quando a pele é esticada além de sua capacidade. Isso resulta na quebra das fibras de colágeno e elastina, que são fundamentais para a estrutura e elasticidade da pele. No início, as estrias aparecem com uma coloração avermelhada ou arroxeada, o que indica que ainda estão na fase inflamatória. Com o tempo, tendem a ficar mais claras e com uma textura semelhante à de uma cicatriz.
Na musculação, o ganho rápido de massa muscular pode esticar a pele em um curto período, levando ao surgimento de estrias. Isso é mais comum em áreas onde o aumento de volume muscular é mais acentuado, como peitoral, braços e coxas. Além disso, o uso de esteroides anabolizantes pode acelerar o crescimento muscular e, consequentemente, o aparecimento de estrias, já que a pele não tem tempo suficiente para se adaptar ao novo volume corporal.
Outros fatores que podem influenciar o surgimento de estrias incluem:
- Genética: algumas pessoas têm maior predisposição genética para o surgimento de estrias.
- Hidratação da pele: uma pele desidratada tem menor elasticidade, facilitando a ruptura das fibras.
- Alterações hormonais: os hormônios podem afetar a capacidade da pele de se esticar sem romper as fibras.
Prevenção de Estrias Durante a Musculação
Para evitar o surgimento de estrias durante o processo de ganho de massa muscular, algumas práticas podem ser adotadas:
Crescimento Muscular Gradual: Um dos principais fatores que contribuem para o surgimento de estrias é o ganho rápido de massa muscular. Seguir uma rotina de musculação focada em um progresso gradual pode ajudar a pele a se adaptar ao novo volume corporal.
Hidratação da Pele: Manter a pele hidratada é fundamental. O uso de cremes hidratantes, óleos corporais e produtos específicos com ingredientes como vitamina E, colágeno e ácido hialurônico pode melhorar a elasticidade da pele.
Alimentação Balanceada: Nutrientes como vitamina C, zinco e proteínas são essenciais para a produção de colágeno, que dá firmeza à pele. Incluir esses nutrientes na dieta pode auxiliar na prevenção de estrias.
Beber Água: A hidratação interna também é fundamental. O consumo adequado de água ajuda a manter a pele mais elástica e menos propensa ao rompimento.
Quando as estrias já estão formadas, existem opções de tratamento que podem reduzir sua aparência. Alguns tratamentos mais comuns incluem:
Cremes e Óleos: Produtos que contenham retinoides, ácido glicólico ou vitamina C podem ajudar a estimular a produção de colágeno, suavizando as estrias.
Laser: A terapia a laser pode estimular a produção de colágeno e melhorar a textura da pele, tornando as estrias menos visíveis.
Microagulhamento: Este tratamento utiliza pequenas agulhas que perfuram a pele, estimulando a produção de colágeno e elastina. Com o tempo, isso pode melhorar a aparência das estrias.
Peeling Químico: Utiliza ácidos para esfoliar a pele e estimular a regeneração celular, ajudando a suavizar as estrias.
Carboxiterapia: Tratamento que injeta gás carbônico sob a pele, estimulando a circulação sanguínea e a produção de colágeno, o que pode melhorar a aparência das estrias.
Embora as estrias sejam uma preocupação comum entre praticantes de musculação, elas não devem ser motivo para abandonar a prática. Com algumas medidas preventivas e tratamentos adequados, é possível minimizar sua ocorrência e melhorar a aparência da pele. A hidratação, o controle do ganho muscular e a escolha de tratamentos dermatológicos são passos fundamentais para lidar com essa condição.
Fontes:
- Aydin, A., & Cingi, C. (2014). "Non-surgical treatment of stretch marks". Journal of Cosmetic and Laser Therapy.
- Watson, R. E. B., Parry, E. J., Humphries, J. D., Jones, C. J. P., Polson, D. W., Kielty, C. M., & Griffiths, C. E. M. (2002). "Fibrillin microfibrils are reduced in skin exhibiting striae distensae". The British Journal of Dermatology.
- Sandoval, G., & Mattos, S. S. (2013). "Striae distensae: Physiopathology and therapeutic options". Anais Brasileiros de Dermatologia.
- Faria, M. L., Lima, M. A., & Castro, L. A. (2019). "Laser treatments for stretch marks: A clinical overview". Dermatologic Therapy.
- Lima, A. L., & Filho, C. D. A. (2017). "Evaluation and treatment of stretch marks". Anais Brasileiros de Dermatologia
Comentários
Postar um comentário